A arte é deliciosa, mas não há interação entre obra- espectador! |
A partir dos anos setenta, período pós Segunda Guerra Mundial, os artistas buscaram através de novos recursos, expressar suas visões sobre aquela "nova realidade" que os afrontava.
Não pertencendo mais a Arte Moderna e redefinindo conceitos, como a relação entre tempo X espaço e homem X criatura, denominou se Arte Contemporânea, aquela performasse que buscava a libertação não só do artista -em seu processo de criação-, mas também daqueles que veriam a obra.
Nesse juízo, a Arte Interativa abraçada ao entendimento de contemporaneidade, têm em um dos seus conceitos fundamentais, estimular a sensorialidade daquele que antes se fazia mero espectador e hoje faz- se agente interativo, capaz e direcionado a se "relacionar" com aquela obra.
O conceito arcaico de "Por favor, não toque!", hoje mostra se reverso. O tocar, não é apenas um ato permitido, mas também necessário, como vê se no video postado.
Ao tocar no que aparentemente é um lago, o espectador (por nós denominado de interagente - termo usado por Raymond Willam (1979) e citado por Alex Primo em seu livro Quão Interativo é o Hipertexto?) faz com que aquela ação resulte em alguma mudança visual na obra de arte. O que aparenta ser um ato simples, na verdade, denota se de conceitos proprios da Arte Eletrônica.
Nela a arte em si, prende a atenção do interagente. Relembrando a ação convencional de se admirar uma obra, e logo depois seguir adiante após um ou dois minutos; nas artes interativas isso ocorre de forma mais demorada.
Nela a arte em si, prende a atenção do interagente. Relembrando a ação convencional de se admirar uma obra, e logo depois seguir adiante após um ou dois minutos; nas artes interativas isso ocorre de forma mais demorada.
A vontade de sentir todas as possibilidades que aquela obra pode proporcionar, faz com que o espectador interaja a cada estimulo de forma una (com "N" mesmo), e possa redefinir conceitos e sensações.
O que atrai na arte interativa, não é apenas o fato de poder se admirar uma criação, como também descobrir novas sensações e idéias.
Por Natália Carneiro.
O melhor de tudo dessa nova forma de interatividade, é que as pessoas automaticamente já saem tocando, tentando conhecer o novo para ter um rapido contato com o diferente. O NÂO para eles é algo que nem se passa em suas cabeças, pois a interação é muito forte que os deixam cegamente com a ação fornecida. Uma boa oportunidade para empresas com bons projetos para apresentar para essa sociedade ativa.
ResponderExcluir